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Se depender de mim, nunca ficarei plenamente maduro nem nas ideias,

nem no estilo, mas sempre verde, incompleto, experimental.


Tempo morto e outros tempos

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

E a saga continua...Cuidando de filhos sozinha

Hoje visitando meu blog, que de vez em quando fica abandonado, reli uma postagem de tempos atrás, neste link: http://blogdaanaatena.blogspot.com.br/2016/04/toda-separacao-e-dolorida.html e quis continuar essa história. Na época do post eu não havia me divorciado, mas já vivia sem meu marido, que um belo dia disse: vou para Portugal. Inicialmente para trabalhar, ganhar dinheiro, voltar ou então, quando eu pudesse, irmos para lá, para definitivamente morarmos lá, quando conseguíssemos cidadania para tal. Pois bem, o dito cujo foi e certa feita me disse: Não piso mais meus pés no Brasil. Eu respondi: Então você está querendo o divórcio. Ele: pode dar encaminhamento nos papéis que eu assino o que for. Lembrando que tenho uma filha com esse senhor, que hoje denomino de EX-marido. E então era assim, eu fico aqui em Portugal de boa e você fica aí divorciada e com uma filha, na época, com dois anos para cuidar e criar sozinha. Pois bem, não sou de fugir à luta. Acionei advogado e começamos o processo de divórcio, que é beeem dolorido e beeeem demorado, com a nossa eficiente justiça brasileira. Dei entrada no divórcio, que correria nos seguintes trâmites: enviar carta rogatória para Portugal, para que o dito cujo tomasse ciência e o processo voltasse, dando andamento aqui no Brasil. Mas esse processo é tão moroso, que o dito cujo foi extraditado para o Brasil. Aí começou minha saga. Primeiro passo, trazer o processo de volta ao Brasil. Segundo, dar andamento ao processo aqui. Entrei com esse processo em julho de 2016 e até agora, abril de 2018, nada de esse processo findar. O processo de divórcio foi resolvido em uma audiência conciliatória. Em 27 de novembro de 2017 eu estava legalmente divorciada, mas como o processo envolve menor, a audiência de guarda, visitação e alimentos tem que ser na presença de um juiz de Direito,     que ocorreu e ficamos acertados com todos os trâmites legais. Enquanto isso, eu, sozinha, tive que reorganizar toda a minha vida. A empregada que eu tinha e que ficou comigo 7 meses um belo dia disse que voltaria para a cidade dela e me deixou na mão. A casa já não era mais segura, o valor do aluguel, também, estava altíssimo. Portanto, me mudei para um apartamento no qual o valor do aluguel e condomínio ainda era menor que somente o aluguel da casa, reorganizei meus horários, fazendo tudo que tenho para fazer durante o dia, período em que trabalho e minha filha fica em uma escola integral, por isso também que tive que achar um aluguel mais barato, pois a mensalidade da escola aumentou. E por que, Ana, você fez tudo sozinha? Porque o dito cujo, simplesmente, acha que filho é enfeite e que só tem que me ajudar quando ele pode. E eu, como excelente mãe que sou, não vou deixar minha filha passar por necessidades e nem provê-la de educação por conta da irresponsabilidade de um pai ausente. E assim vou agradecendo por tudo que me ocorre, pois sei que é para meu inteiro bem estar e de minha filha. Mas não é fácil ser profissional e mãe sozinha e solitária. Ainda bem que conto com minhas irmãs e minha filha mais velha, além de amigas que entendem que não é fácil ser mulher, mãe e profissional, sozinha, ainda mais em um país tão preconceituoso quanto o nosso. E nisso se vão 7 anos....e tudo continua do mesmo jeito, mas agora minha filha está maior, já me ajuda com bastantes coisas, eu já estou beeem melhor, mais resolvida a ser plenamente feliz...E a história continua....