A vida não é nada fácil. Disso já sei faz algum tempo. E como diz o poema: Eu aprendi que a vida é dura, mas eu sou mais ainda. Esta semana fiquei deveras decepcionada com o Martins (vide posts anteriores). Na semana passada havia ficado imensamente feliz, pois um professor o havia elogiado, dizendo que ele era bom caráter, tinha caráter no coração. Era um rapaz bom. E eis que este mesmo professor, nesta semana, vem, e me diz que não poderia ver o Martins na frente pois havia discutido com ele na sua aula. Eu, claro, fui perguntar para o Martins, ele me disse que ele tinha uma dúvida e que o referido professor não respondeu a ele. Mas isso foi, para mim, uma decepção, já que, havíamos feito um acordo e nos dado a mão, como antigamente eram selados os acordos entre cavalheiros. Por esta atitude, de Martins continuar bagunçando, é que fiquei decepcionada. Eu sei que ele não virará um santo do dia para a noite, nem quero que ele vire um santo, ele é um adolescente, e adolescentes precisam de intensa auto-afirmação. Mas eu gostaria que ele amadurecesse e percebesse que o tempo passa e que as oportunidades, muitas vezes, perdidas, não voltam mais. Nesta sexta-feira fui à escola somente para realizar o encontro da aula do meu projeto de profissionalização, já que tinha formação na Diretoria de Ensino e não precisava ir para a escola. Martins estava lá e levou junto João*, um aluno que convidei diversas vezes para ir e nunca foi, e com o qual conversei, também, outro dia, junto com Martins e mais alguns outros alunos. Não sei se João percebe a necessidade de estudar para ter um futuro próspero, mas pelo menos ele estava lá, ouviu o que eu disse, participou do que discutimos, alguma coisa na mente dele há de ficar. Mas o que me interessa é o futuro do Martins, eu espero que ele reflita sobre suas atitudes, e continue querendo mudar seu futuro. Sendo uma pessoa digna de elogios, sempre, por suas atitudes positivas. Eu me decepcionei com ele, sim, mas a pior decepção é aquela que te faz querer continuar e tentar novamente.
* Nome fictício.
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Olá!! também sou educadora e entendo esta luta. As decepções são muitas, mas avontade de mudar o mundo e de formar pessoas é que nos faz continuar.
ResponderExcluirFlávia